A Política de Pesticidas FSC teve sua primeira versão aprovada em 2002, trazendo consigo restrições ao uso de alguns pesticidas químicos considerados pelo FSC como pesticidas altamente perigosos (sigla inglesa HHP - Highly Hazardous Pesticides). Esta primeira versão foi desenvolvida utilizando uma abordagem baseada somente em perigo, ou seja, considerando as características de toxicidade intrínsecas do ingrediente ativo e ignorando questões importantes relacionadas a sua forma de uso e formulação.
Em 2015, ampla revisão foi conduzida para, em 2019, ser publicada uma nova versão desta política, trazendo agora uma abordagem atualizada baseada em análises de risco. Esta nova abordagem vem em consonância com as recomendações de diversas agências e instituições internacionais, como por exemplo a FAO.
Os pesticidas altamente perigosos foram então categorizados como proibidos, altamente restritos ou restritos e, quando o manejo integrado de pragas indicar a necessidade de uso de um pesticida químico, como medida de último recurso, as Organizações certificadas devem desenvolver análises de risco socioambientais para este pesticida, identificando os riscos para saúde humana e meio ambiente advindos da utilização do produto, bem como medidas de mitigação pertinentes a estes riscos. Diferentemente de suas outras versões, as medidas de mitigação propostas para o uso destes pesticidas levam agora em consideração todo o contexto de uso, analisando, além da toxicidade do pesticida, sua formulação, método de aplicação, doses, seres não-alvo, comunidades no entorno, etc.
O IPEF, através dos programas cooperativos em certificação florestal (PCCF) e proteção florestal (PROTEF), vem desenvolvendo Análise de Risco Ambiental e Social (ARAS) para mais de 90 produtos comerciais. Em caráter cooperativo, as ARAS foram elaboradas por consultoria contratada pelo PCCF e estão passando por detalhado processo de revisão, envolvendo os coordenadores dos programas PCCF e PROTEF, além do Grupo Técnico de Químicos, formado por especialistas no tema em grandes empresas do setor florestal.
Até o final de 2020, quando a nova Política de Químicos estará plenamente em vigor, o IPEF terá disponibilizado às suas filiadas todas as ARAS em nível nacional dos produtos comerciais por elas demandados em 2019. Devido à necessidade de complementação destas ARAS com informações em nível de unidade de manejo e sítio, também será disponibilizado às empresas filiadas um “guia explicativo”, orientando-as no processo de complementação de suas ARAS.
Você pode saber mais sobre o tema entrando em contato conosco, envie-nos um e-mail.
Veja o modelo de ARAS que estamos utilizando: “Decis 25EC”. Dê um zoom após abrir a imagem para melhor visualização.
Programa Cooperativo em Certificação Florestal (PCCF/IPEF) Programa Cooperativo em Proteção Florestal (PROTEF/IPEF)
04/09/2020