IPEF Acontece | 92ª Edição | 25.06.2025

IPEF-Acontece-Edição-92

Klabin recebe 21ª Reunião de Filiadas do PPPIB com foco em pesquisa aplicada no Pinus

IPEF-Acontece-Edição-92_01
A 21ª Reunião de Filiadas do Programa Cooperativo sobre Pesquisa do Pinus no Brasil (PPPIB), promovido pelo IPEF entre os dias 28 e 29 de maio, foi realizada na unidade da Klabin em Telêmaco Borba (PR), reunindo 50 participantes, pesquisadores, profissionais e representantes de empresas filiadas em um ambiente de aprendizado e colaboração.

Com foco nos temas de adubação, matocompetição e preparo de solo, o encontro apresentou uma revisão abrangente dos experimentos desenvolvidos no âmbito do PPPIB. As palestras foram conduzidas por pesquisadores colaboradores e cuidadosamente estruturadas para aprofundar o conhecimento técnico dos participantes e embasar discussões estratégicas.

Além das exposições teóricas, a programação contou com sessões interativas que estimularam o debate e o intercâmbio de experiências. No último dia, os participantes visitaram áreas experimentais da Klabin, onde puderam observar os resultados das pesquisas aplicadas diretamente no campo.

PTSM celebra 30 anos de contribuições com
a ciência e a silvicultura brasileira

IPEF-Acontece-Edição-92_02
Em 1995 foi criado o PTSM (Programa Cooperativo sobre Silvicultura e Manejo), em meio a um momento de transformação do setor florestal. Marcado pelo fim dos incentivos fiscais, esta época passou a exigir decisões mais técnicas e sustentáveis. Foi nesse contexto que o IPEF, em parceria com empresas e pesquisadores, consolidou o PTSM como uma plataforma contínua de produção de conhecimento, inovação, benchmarking e capacitação profissional.

Concebido pelo professor José Leonardo de Moraes Gonçalves (ESALQ/USP), em parceria com as empresas Suzano, Ripasa e Champion (atual Sylvamo), o PTCM (sigla original do programa) tinha como foco estudar o cultivo mínimo como prática conservacionista do solo. Foi a partir dos resultados obtidos na fazenda Entre Rios (Suzano), em Itatinga (SP), e outros trabalhos que o cultivo mínimo passou a ser praticado em todo o território brasileiro. Com o decorrer do tempo, o escopo do programa foi ampliado, passando a contemplar temas como viveiros, nutrição, preparo de solos, irrigação, manejo integrado de plantas daninhas e bioinsumos.

Hoje, o PTSM conta com 19 empresas filiadas (Amcel, Arauco, Bracell, Cenibra, CMPC, Comigo, Dexco, Eucatex, Gerdau, Klabin, LD Celulose, Metalsider, Paracel, Ramires, Suzano, Sylvamo, Vallourec, Veracel e UPM) e uma ampla rede de pesquisadores que mantém juntos a missão de gerar soluções técnicas e práticas para a silvicultura brasileira. A coordenação científica segue sob liderança do Prof. José Leonardo, que, ao lado de muitos outros profissionais, ajudou a construir um dos programas mais longevos e relevantes do setor.

Talk show discute o futuro das certificações florestais diante de novas regulações globais
IPEF-Acontece-Edição-92_03
Durante o Congresso de Plantações Florestais, promovido pelo IPEF, especialistas se reuniram no talk show “O que ainda está por vir nas certificações e regulações da silvicultura” para discutir o futuro da certificação florestal e seus desdobramentos no setor.
O painel abordou os impactos de regulações globais, como o Regulamento Europeu de Desmatamento Zero (EUDR), e o papel das certificações em temas como carbono neutro, serviços ecossistêmicos e sustentabilidade.

O debate também trouxe à tona o peso crescente das exigências feitas por investidores e grandes compradores, que têm cobrado cada vez mais transparência e mitigação de riscos socioambientais, de forma tão ou mais rigorosas do que os próprios padrões certificadores. A necessidade de integrar sistemas, protocolos e práticas foi um dos pontos reforçados.

Outro destaque foi a inclusão dos pequenos produtores nos sistemas de certificação. Apesar dos custos e da complexidade, a certificação pode abrir portas para mercados, agregar valor à produção e reconhecer boas práticas. Para isso, é fundamental o fortalecimento de estratégias de apoio técnico, modelos mais inclusivos e ações de cooperação regional.

Talk show sobre qualidade da madeira destaca papel estratégico para inovação e competitividade do setor florestal
Durante a segunda edição do Congresso Plantações, promovido pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), entre os dias 13 e 15 de maio, em Piracicaba (SP), especialistas se reuniram no talk show “Quais as razões para o aumento do interesse na qualidade da madeira?”. O painel foi moderado pela Profa. Graziela Vidaurre (UFES), com participação do Prof. Francides Gomes (ESALQ), Profa. Cristiane Predrazzi (UFSM) e presença especial do Prof. Mário Tomaziello (ESALQ).
IPEF-Acontece-Edição-92_04
Ao longo do encontro, foram debatidos os fatores que vêm elevando a importância da qualidade da madeira no setor florestal. A Profa. Cristiane destacou o impacto direto das características da madeira no desempenho industrial dos produtos finais, enquanto o Prof. Francides apontou a relação entre qualidade, valor de mercado e adequação aos processos industriais.
IPEF-Acontece-Edição-92_05
A Profa. Graziela, que junto ao pesquisador Paulo Henrique Muller coordena o Programa Cooperativo sobre Densidade da Madeira (ProDM), destacou que ainda há lacunas significativas no conhecimento sobre espécies amplamente cultivadas, como o eucalipto, e defendeu o fortalecimento da pesquisa para ampliar o aproveitamento da madeira. O talk show reforçou que a qualidade da madeira deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito essencial para uma silvicultura mais eficiente, inovadora e alinhada às exigências dos mercados.

Debate sobre limites e avanços da tecnologia na colheita florestal
IPEF-Acontece-Edição-92_06
No terceiro dia do Congresso de Plantações Florestais, promovido pelo IPEF, foi realizado o talk show “Já atingimos o topo em termos de tecnologia de colheita florestal?”, mediado por representante do Instituto e com a presença dos debatedores Prof. Ricardo Hideaki Miyajima (ESALQ/USP), Prof. Arthur Araújo (UFV) e Bruno Ricardo Fernandes (Cenibra).
O encontro propôs uma reflexão aberta sobre os avanços tecnológicos do setor e contou com ativa participação do público.

O debate destacou os avanços significativos na colheita florestal, especialmente com a evolução dos maquinários e implementos, melhoria da conectividade, uso de inteligência artificial e simulações virtuais. Esses fatores têm tornado a colheita uma das operações mais tecnológicas do setor. Ainda assim, os participantes reforçaram que, como em qualquer campo em constante modernização, permanecem desafios – como operações em áreas declivosas e a capacitação técnica para utilização estratégica dos dados gerados pelas máquinas.

A troca de experiências entre os participantes evidenciou como a combinação entre tecnologia de ponta e a valorização do conhecimento técnico pode gerar ainda mais resultados no campo. A integração entre as diferentes áreas da operação florestal, suas tecnologias e pessoas, será crucial para maximizar os benefícios desses avanços e impulsionar a inovação contínua. Mais do que uma operação mecanizada, a colheita florestal foi retratada como um espaço dinâmico de aprendizado e inovação contínua.
Setor Florestal e Associadas IPEF
Gerdau publica Relatório Anual com foco em sustentabilidade e reconstrução do RS

A Gerdau, maior produtora brasileira de aço, divulgou em 16 de junho seu Relatório Anual 2024. O documento apresenta indicadores ESG, avanços ambientais e sociais, e destaca os R$ 51,4 milhões investidos na reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes. Produzindo 70% do aço via sucata reciclada e com matriz sustentável, a empresa reafirma seu compromisso com inovação, equidade e desenvolvimento responsável.

ARAUCO tem metas climáticas aprovadas pela SBTi e mira corte de 1,5 milhão de toneladas de CO₂ até 2030

A ARAUCO teve suas metas de redução de emissões aprovadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi) e assumiu o compromisso de reduzir 1,5 milhão de toneladas de CO₂ até 2030. A empresa, neutra em carbono desde 2020, reforça sua liderança ambiental ao alinhar suas metas ao Acordo de Paris, com ações concretas nos escopos 1, 2 e 3. A iniciativa impulsiona mudanças operacionais, culturais e inovadoras em toda a cadeia.

IPEF Acontece - rodapé
Siga-nos nas redes sociais